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24/07/13

Anahata



De novo te amo
Como nunca deixei de te querer
De novo me queres
Como nunca deixaste de me amar
E a pele arrepia percebendo que o tempo já passou
Que o vento acalmou, que a asa voltou, que a água molhou
2º 3º
Que o silencio dos dias não foi sem razão
Foi o tempo e o espaço, foi o norte e o sul
E foi a boca calada retendo a tesão


O Abraço enrola
Este corpo já quente
O olhar asfixia
Toda a forma de Ser
Desfolhas-me inteira, como seu fosse um livro
E a cada página te tornas mais meu
5º 6º
Entrego o meu corpo, entregas-me o teu
Mais livres chegamos à forma do Ter
E sinto-te dentro, moves-te, como se fosses eu


Acalmadas as hostes
Descansados os guerreiros
Poisadas as armas
Bebemos a água um do outro
e encontramos o caminho da luz e da paz
Hasteamos devagar a bandeira da verdade
Lamentando baixinho, mas sem mágoa
Aqueles que foram deixados para trás



20/07/13

Jusante

Como a água corre, eu danço
Eu danço mas a água não se comove

Contorna as pedras do caminho
Desvia, Desagua, Evapora
E a água que trago comigo
Demora, demora...

Como a água é doce
E eu tão salgada
Como o rio é longo
E tu tão distante
Como cada Não
Não serve de nada

Porque a água corre sempre p'ra jusante