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18/01/14

A escolha que nunca fiz

Às vezes temos consciência que nem todas as coisas estão nas nossas mãos
E nas mãos de quem estão, não há consciência do tamanho do todo.

O resto, fará parte do grande plano do Universo que nunca compreenderemos.
Nem sempre as nossas escolhas são completamente feitas por nós, mas sim por algo inodoro e incolor, sem paladar nem som, algo que nos habita e que nunca viremos a conhecer, mas somos nós...

Às vezes não temos consciência que o tempo não é infinito, não o nosso tempo; mas comporta-mo-nos como se fosse.

E um dia aprenderemos isso, de uma forma ou de outra, porque o tempo finda no fim de cada coisa e não avisa.

Olharemos para trás e daremos conta que - um dia tivemos consciência que nem todas as nossas escolhas estavam na nossa mão e as que estavam não as fizemos...
Num passar de tempo, lembrar-nos-emos como olhámos a nossa mão e ela estava vazia e saberemos, como soubemos na altura, que a escolha que fizemos não era a nossa mas aquela que fomos forçados, pela a vida, a fazer.

O Tempo é cruel ou generoso, dependendo da taça em que é servido.
É uma água que faz sede, é despertar sem aviso...
Podemos fingir por algum tempo, que o tempo não nos importa
Que o longe se faz perto, que quem espera sempre alcança, que a esperança nunca é morta...

Mas um dia teremos consciência que temos uma essência de Ser,
e que quando somos apartados dela e quando fingimos não a ter
Vem o tempo, cedo ou tarde, mostrar-nos que quando escondemos a nossa forma de ver, vem o Universo e corta vagarosamente a possibilidade que tínhamos de escolher.