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27/07/14

A Tarde

A parede amarela termina onde começa o céu
naquela casa mantida entre o cuidado e o desapego.

Murmuram turistas cegos pela luz que Lisboa irradia 
bate nos copos e desagua num rio, que nunca mais foi o mesmo.

As mãos entrelaçam-se entre as palavras sem se sobreporem. Existem.

Parece o dia que termina, mas não. O aluno nunca veio ver o mestre à relva inexistente e como qualquer grande homem ele terminou a bebida e inspirou parte do momento, abriu o peito, quase doido de tão azul e disse para dentro dela:


- Vamos viver!


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