Não perder o foco, a noção do que sou.
Não perder a esperança, nem o que te dou.
Não perder a vida, a olhar p'ra trás.
Ontem já foi, ontem já passou.
Não perder o tempo, nem a alvorada.
Não perder o rumo, nem aquela estrada.
Não perder a noite, contigo deitada.
Não perder... Não perder mais nada.
Destinado apenas a guardar e, no entanto, manter visível a mim e ao mundo os meus pensamentos, palavras e sonhos. Para que nunca os esqueça, para que recorde a sua importância na minha vida passada, presente e futura e para que em algum lado se mantenham firmes. Todos os direitos de autor reservados.
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25/07/18
13/07/18
Sexta feira 13
Foi deus que se enganou e abriu uma porta
que afinal era uma janela, que afinal não era nada
Foi a deusa que brincou, com o seu sentido de humor
Que pegou naquela letra e a transformou
Um doce rumor num amor, que depois se desligou
Tinha moedas de algodão e cafés de chocolate
Tinha lençóis de flanela, que afinal eram de linho
E caraçóis em cabelos, todos feitos de carinho
Tinha mãos que não se davam, tinha lagos de suor
A saber a lábrimas, a saber a tudo menos a amor
E no entanto
Havia memórias futuras
que não serviam para nada
porque o passado de um,
era o futuro do outro
que não serviam para nada
porque o passado de um,
era o futuro do outro
E uma história p’ra trás
com um vazio quase rente
com um vazio quase rente
Das vidas
que se cruzam
mas que andam sempre em frente
mas que andam sempre em frente
e os lábios doces e duros
que nunca disseram tudo
que nunca disseram tudo
Porque a palavra
nunca podia ser dita
nunca podia ser dita
Nem podia ser escrita, nem pensada
mas também não podia ser rasgada
mas também não podia ser rasgada
Foi deus que se enganou, foi a
deusa que brincou
Foi a saudade que fica num corpo
que parecem dois
Foi verdade, foi mentira, foi o que
não pode ser
Como a alegria que vem antes do
acto e da dor
Da palavra esmigalhada que só podia
ser Amor-
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