Percebi há muito tempo que é dentro que estamos
Mas quando nos perdemos é longe que nos encontramos.
Destinado apenas a guardar e, no entanto, manter visível a mim e ao mundo os meus pensamentos, palavras e sonhos. Para que nunca os esqueça, para que recorde a sua importância na minha vida passada, presente e futura e para que em algum lado se mantenham firmes. Todos os direitos de autor reservados.
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28/08/13
27/08/13
Tudo é para rasgar
A dor é uma coisa para ser sentida
Para ser chorada e reencontrada
Uma coisa para ser calada, para ser falada
Para ser rasgada e para ser amada!
O amor é um sentido, para ser lambido
Para ser perdido e ser encontrado
P'ra ser repetido e repetido e repetido
Para ser fodido, para ser rasgado!
A alma é o que temos dentro, é para ser mostrada
Para ser esfaqueada, para ser amada
Para ser o todo que temos para dar
E a alma também é para rasgar!
O corpo é o que temos fora, o que nos transporta
Serve para abrir caminho ou p'ra fechar a porta
Para ser nascido, vivido, enterrado
Todo o corpo é para ser rasgado!
A saudade é o que fica quando não há mais nada
Depois da colheita feita, depois da terra lavrada
A saudade cheira a cinzas e cheira a relva molhada
Cheira a papeis antigos, cheira a vela apagada
A saudade é um rasgo... que não serve para nada...
Para ser chorada e reencontrada
Uma coisa para ser calada, para ser falada
Para ser rasgada e para ser amada!
O amor é um sentido, para ser lambido
Para ser perdido e ser encontrado
P'ra ser repetido e repetido e repetido
Para ser fodido, para ser rasgado!
A alma é o que temos dentro, é para ser mostrada
Para ser esfaqueada, para ser amada
Para ser o todo que temos para dar
E a alma também é para rasgar!
O corpo é o que temos fora, o que nos transporta
Serve para abrir caminho ou p'ra fechar a porta
Para ser nascido, vivido, enterrado
Todo o corpo é para ser rasgado!
A saudade é o que fica quando não há mais nada
Depois da colheita feita, depois da terra lavrada
A saudade cheira a cinzas e cheira a relva molhada
Cheira a papeis antigos, cheira a vela apagada
A saudade é um rasgo... que não serve para nada...
25/08/13
As memórias de nós
As memórias de nós
Vão ser colocadas numa caixa verde escura
Enviadas para parte incerta do universo
E lá vão permanecer intactas, enquanto a vida dura
Há um sítio onde as memórias extraordinárias são guardadas
Um lugar silencioso, calmo e cruel
Onde ninguém pode ir, de onde ninguém sai
Onde a vida sabe a dor, sabe a mar e sabe a mel
E as memórias de nós, é para lá que elas vão
Cada uma estará colada a um som tão especial
Quando a dor de não lembrar, esvaziar teu coração
Não há ninguém, não há dor ou doença que as apague
Não há mal que venha ao mundo pior do que não lembrar
Não há vida para a frente, não há vida para trás
Não há nada que remende o bem que a vida nos faz
As memórias de nós
Estão guardadas numa caixa verde mar
Apoiadas numa onda, suspensas no Universo
Sem eu nunca me esquecer, que nunca me vais lembrar
24/08/13
Simplesmente
Simplesmente Amo-te
Simplesmente Amas-me
Perante isso, as vicissitudes da vida são nada
A distância é um risco, entre um ponto e outro
Um risco que se percorre silenciosamente
Onde a tua pele da minha, não é separada
Simplesmente Amas-me
Simplesmente Amo-te
Simplesmente Amas-me
Perante isso, as vicissitudes da vida são nada
A distância é um risco, entre um ponto e outro
Um risco que se percorre silenciosamente
Onde a tua pele da minha, não é separada
Simplesmente Amas-me
Simplesmente Amo-te
19/08/13
17/08/13
Quando pensava
que nunca mais te ia respirar
Inalo-te!
Ofereces-me
palavras como se fossem flores amarelas
Aceito-as!
Aceito as
tuas palavras como se fossem as minhas
reescrevo-as!
Falas como
quem abraça e é no silêncio que me dizes tudo
Cala-te!
É na
distância que nos incendiamos, hoje
Vem!
Trazes os
bolsos cheios de pedras
Larga-as!
Trazes as
costas cheias de penas
Voa-as!
Trazes as
mãos cheias de escamas
Devolve-mas!
Trazes
nesses olhos doces tanta ternura
Que ninguém
diria que um dia me deixaste
E pensaste
que eu nunca mais ia ser tua...
16/08/13
Já sei quem sou
Já sei quem sou
Fecho os olhos e acabo de me inventar
De uma caixa de música sai um som
Sou eu lá dentro
Tenho pedaços de vidro
E tenho pedaços de mar
Tenho pedaços de mim
Sem nome para lhes dar
Tenho memórias de um Eu
Que dança tão devagar
Tenho estas mãos nos bolsos
Sem nada para entregar
Já sei quem sou
Sou a lava que arrefece
Depois da grande explosão
Sou língua que lambe o mundo
Sou gente sem coração
14/08/13
Não quero a liberdade
Podia amar-te um milhão de vezes
Como se todos os dias fossem a primeira vez.
E podia deixar-te um milhão de vezes
E dizer-te, novamente, Nunca mais.
É no limbo que me encontro
Onde me perco.
É no teu silêncio, que me detesto.
Podia mudar a mobília de sítio...
E fingir que nunca fizeste parte desta casa.
Podia libertar os pássaros todos que me habitam
E nunca mais dormir com almofadas
É no voo de cada pássaro que me enterro
E em cada enterro, me liberto
E em cada liberdade me perco de novo
Porque cada liberdade é o teu silêncio
E eu, não quero a liberdade...
Como se todos os dias fossem a primeira vez.
E podia deixar-te um milhão de vezes
E dizer-te, novamente, Nunca mais.
É no limbo que me encontro
Onde me perco.
É no teu silêncio, que me detesto.
Podia mudar a mobília de sítio...
E fingir que nunca fizeste parte desta casa.
Podia libertar os pássaros todos que me habitam
E nunca mais dormir com almofadas
É no voo de cada pássaro que me enterro
E em cada enterro, me liberto
E em cada liberdade me perco de novo
Porque cada liberdade é o teu silêncio
E eu, não quero a liberdade...
03/08/13
Olhar
A musica tocava e os teus olhos ainda não tinham chegado
E a noite desenrolava-se porque não tinha mais nada para fazer
O dia tinha passado, leve, lento, como outro dia qualquer
E toda a gente se movia como se nada fosse acontecer
Vozes, pratos, risos, copos e de repente, a sensação...
Estranhei e não liguei, porque era a sensação do que não pode ser
Mas os meus olhos, teimosos, foram procurar os teus
E os teus olhos já lá estavam e encontraram os meus
A musica tocava e não compreedemos o que se passou
Quando por momentos, a musica parou e o olhar se encontrou
Num silêncio fundo, onde o tempo não pode existir
Mas a vida pára e por segundos não se pode fugir
Fomos apenas duas almas que se encontraram num olhar
Talvez eu tenha sorrido ou talvez não
Talvez o tempo tenha ficado ali parado
À espera de um qualquer dia de verão
A musica continuou e nunca mais se pensou
Naquele olhar inquieto cheio de palavras p’ra dizer
Reencontrámo-nos ali, como se nunca nos tivéssemos conhecido
E toda a gente se movia como se nada tivesse acontecido
Talvez se tenham encontrado mais olhares assim...
Num baile de musicas trocadas como se fossem olhares
Num olhar onde tudo fica por compreender
Ler a ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=5j1nMp1kHPg&feature=share&list=FLQ8wkv1Y9EpuDvvcZVcpx1Q
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