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01/12/13

Os muros

Sempre que choro de preocupação por alguém
percebo que amo. 
Não só aquela lamechiçe feita de carinhos e ternuras, 
mas aquela coisa forte e afiada, 
que nos corta a garganta, nos estilhaça o coração,
que nos mostra de frente que não valemos nada
nos encosta à parede e nos passa por cima
e que apesar da impotência para ajudarmos
não nos impede de chorar
não nos impede de acordar
não nos impede de amar
da forma mais crua que temos p'ra dar.

Mas quando os muros, altaneiros,
são feitos por ti e para ti
engulo em seco e sinto a garganta a gelar
nada do que diga, vale a pena...
nem nada do que sou, sou tão pequena

A quem não quer ouvir, não adianta falar
ninguém obriga ninguém a amar!



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