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26/12/13

Presente envenenado

Ó tempo que custas passar
Ó dia que teimas em chover
devolve-me a história que eu tinha
aquela de outrora, que fiz por merecer.

De branco e de negro como tu me vês
Sem saber que sou a rainha das cores
Condenas-me como mataram Inês
chamada de Castro, rainha das dores

E Inês não sou ou seria rainha
eu sou o inimigo do presente
Que não tem futuro, se não há passado
eu sou um presente transparente

Amarras-me as mãos e cortas-me os pés
e enches-me a boca de pétalas de flor
para quem já caminhou, como eu, de lés-a-lés
só consegues parar-me em nome do Amor

Ó quimera seca por onde enveredei...
Ó fantasia oca em que acreditei...
Eu não sou futuro, eu não sou passado,
eu sou o presente envenenado!


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