A dança de dois corpos que se amam
Entre o que já foi e o que não deve ser
Entre as escolhas que te trouxeram a mim
De entre as mulheres que tinhas p'ra escolher
A cama que nos recebe tardia
Numa valsa sem rendas nem passos
Numa frescura desejada e doce
Feita de amor, apertos e abraços
A casa cheia cheia de ti e de mim
Cheia de cheiros, memórias e sabores
Recebe-nos na calma das noites
depois da perda de todos os amores
E ficamos os dois frente e frente
Com algo que não é só amor
é uma liberdade diferente
de uma ternura premente
Onde se conta uma história
que é triste e é contente
é mais que o amor é Amar
e estando nós dois frente a frente
é impensável pensar
E sentindo, como sempre
só é possível ficar.
Destinado apenas a guardar e, no entanto, manter visível a mim e ao mundo os meus pensamentos, palavras e sonhos. Para que nunca os esqueça, para que recorde a sua importância na minha vida passada, presente e futura e para que em algum lado se mantenham firmes. Todos os direitos de autor reservados.
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10/04/15
05/04/15
No meu colo descansas
Dir-se-ia que nascemos um do outro
Como se antes de nós dois,
nunca tivessem havido outras vidas
E as que houveram foram todas em vão, perdidas
Não foram, sequer, como esta, sentidas
E as que houveram foram apenas cenas todas repetidas
Como num filme barato
Onde não hove verdade nem nunca houve mentira
Aqui e agora
tudo temos.
Tens a tua mão na minha
e os braços fortes que nao me deixam partir
e temos algo só nosso de onde não quero sair
E a meio da tarde temos, várias noites repentinas
onde me enches de ti
onde hoje e sempre, em surdia
me amas doce e serena
ou exaltada outra vez,
Acalmo-te com tudo o que sou
Acalmas-me com tudo o que és
No teu colo descanso
No meu colo descansas
E sem precisarmos razões
Amo repetidamente tudo outra vez.
Dir-se-ia que nascemos um do outro
Como se antes de nós dois,
nunca tivessem havido outras vidas
E as que houveram foram todas em vão, perdidas
Não foram, sequer, como esta, sentidas
E as que houveram foram apenas cenas todas repetidas
Como num filme barato
Onde não hove verdade nem nunca houve mentira
Aqui e agora
tudo temos.
Tens a tua mão na minha
e os braços fortes que nao me deixam partir
e temos algo só nosso de onde não quero sair
E a meio da tarde temos, várias noites repentinas
onde me enches de ti
onde hoje e sempre, em surdia
me amas doce e serena
ou exaltada outra vez,
Acalmo-te com tudo o que sou
Acalmas-me com tudo o que és
No teu colo descanso
No meu colo descansas
E sem precisarmos razões
Amo repetidamente tudo outra vez.
02/04/15
Um chá, num dia em que o sol se pôs na estrada.
E afinal era a tua mão que tocava uma campainha.
Era a minha porta.
Eram todas as minhas portas e abri-as mas parecia só uma porta.
A que tu viste.
E abri todas as janelas e esperei...
A noite fresca entrou pela janela devagar e sentou-se
a ver uma televisão acesa que nós não víamos.
Deitados numa das portas abertas ajeitámos as almofadas
e deixámo-nos estar, como se a noite não estivesse ali.
Nem a incongruência dos verbos nem a razão me consegue impedir de abir todas as portas;
e nem o tempo nem o espaço e muito menos os relógios compassados te impedem de vir, entrar e ficar...
como se a noite não estivesse sentada na sala, a ver televisão e nós não.
Tapa-me devagar. Adormece.
Fica a porta aberta...
E afinal era a tua mão que tocava uma campainha.
Era a minha porta.
Eram todas as minhas portas e abri-as mas parecia só uma porta.
A que tu viste.
E abri todas as janelas e esperei...
A noite fresca entrou pela janela devagar e sentou-se
a ver uma televisão acesa que nós não víamos.
Deitados numa das portas abertas ajeitámos as almofadas
e deixámo-nos estar, como se a noite não estivesse ali.
Nem a incongruência dos verbos nem a razão me consegue impedir de abir todas as portas;
e nem o tempo nem o espaço e muito menos os relógios compassados te impedem de vir, entrar e ficar...
como se a noite não estivesse sentada na sala, a ver televisão e nós não.
Tapa-me devagar. Adormece.
Fica a porta aberta...
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