No meu colo descansas
Dir-se-ia que nascemos um do outro
Como se antes de nós dois,
nunca tivessem havido outras vidas
E as que houveram foram todas em vão, perdidas
Não foram, sequer, como esta, sentidas
E as que houveram foram apenas cenas todas repetidas
Como num filme barato
Onde não hove verdade nem nunca houve mentira
Aqui e agora
tudo temos.
Tens a tua mão na minha
e os braços fortes que nao me deixam partir
e temos algo só nosso de onde não quero sair
E a meio da tarde temos, várias noites repentinas
onde me enches de ti
onde hoje e sempre, em surdia
me amas doce e serena
ou exaltada outra vez,
Acalmo-te com tudo o que sou
Acalmas-me com tudo o que és
No teu colo descanso
No meu colo descansas
E sem precisarmos razões
Amo repetidamente tudo outra vez.
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