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16/10/12

Há coisas que se contam muito devagar
Pelos dedos da mão
Como quem vem abraçar
Um tempo sem perdão

Porque o tempo é como a vida
Não perdoa nem aguarda
Segue o caminho das coisas
Das coisas que agente larga

E as coisas que agente larga
Se são coisas que agente sente
Fazem dor no coração
Como se o cortassem rente

E quando se corta uma coisa
Mesmo sem querer cortar
A vida e o tempo juntam-se
com vontade de chorar

Mas a vida não tem olhos
E o tempo só anda em frente
Não há lágrimas que cheguem
P'ra aquilo que agente sente

As coisas que se contam muito devagar
Sabemos que mudaram
Quando as paramos de contar




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