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13/08/11

(premonições ou medos??)


Tu foste a saudade que vi partir
Num dia de chuva num dia qualquer
Tu foste a mentira que me faz sorrir
Por um dia fui tua e fui mulher

Tu és a tristeza que em mim ficou
O dia de chuva que não vê o sol
O dia mais triste a agua mais fria
A boca mais quente que já conheci
E a mais selvagem que já provei

O corpo mais firme que tive no meu
Também dos melhores que já abracei
Uma mão amiga que me apoiou
Um sorriso lindo que me aconteceu

Mas vi-te partir num dia de chuva
E vi-me ficar para trás a chorar
Por não te ter visto mais na minha rua
Por na tua vida não ter lugar
E sei que não vou pedir nada
E sei que nada vais dar

Mas sei que não devo estar triste meu bom amigo
Sei bem que é assim que tem de ser
E tenho que guardar esta pena
De te ter perdido por te conhecer

Tu foste a saudade que ficou em mim
O belo momento que não vou esquecer
Tu foste a verdade que me pôs assim
Entraste inteiro dentro de mim
Colaste os pedaços do meu coração
Chamaste-me amiga, chamaste-me irmão
Chamei-te poema, dor e paixão

Descansei no teu corpo
Naveguei-te na alma
E ao entrares em mim trouxeste-me a calma
E deste-me esperança de voltar a tentar
Sem doer, sem pedir, sem magoar
Sei bem que não fui amada
Talvez e apenas um desejo no mar
De qualquer maneira obrigada
Ao meu estranho modo toda a vida eu vou-te amar

E nunca se amará ninguém melhor
Eu sem nunca saber o que tu sentes
E sequer perguntar á tua boca calada
Sem que eu do meu nunca te diga nada!





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